(Con)viver com a deficiência
Dizem que os pequenos chegam onde chegam os grandes... Mas isso é coisa que uma pessoa grande diria!
Basta ter um palmo de testa para entender que alguém
As pessoas de pequena estatura, além de terem a pouca sorte de serem baixas e serem depreciadas pelas demais, deparam-se com todo o tipo de entraves. Os bancos dos carros são demasiado baixos para conduzir e se puserem um assento para se elevarem um pouco já não chegam com os pés aos pedais. As caixas de multibanco são feitas para gente "normal". E com normal quero dizer de tamanho padrão.
Os invisuais não têm letreiros em braille ou sinalização sonora que lhes permita saber onde estão numa rua. Os deficientes motores, a pé ou de cadeira de rodas, deparam-se com obstáculos às vezes intransponíveis. Bastaria um pouco de bom senso para ver que estes últimos não têm possibilidade de subir escadas em edifícios com repartições públicas antigas e desajustadas ou transpor passagens aéreas (por exemplo sobre as linhas férreas) construídas sem rampa.
TODOS SOMOS DEFICIENTES à nossa maneira! Uns porque são menos inteligentes, outros porque são mais baixos, outros são gordos demais... Resumindo, ninguém é perfeito.
Todos temos de fazer um esforço no sentido de integrar todos o melhor possível no mundo em que vivemos. Viver com uma deficiência em Portugal, é muito difícil. A arquitectura não é adequada, falta sinalização e as pessoas deviam respeitar o cumprimento de um certo número de regras elementares que nos dita o nosso bom senso (não estacionem em cima dos passeios, chiça).
Se todos contribuírem, teremos uma sociedade muito mais justa e produtiva.