Os Incorrigíveis - Ricardo Araújo Pereira fala de ópera
Verdade seja dita, eu nunca fui à ópera. Não posso dizer que gosto incondicionalmente de ópera, mas afirmo com determinação que gosto de ouvir algumas árias de algumas óperas. Até já publiquei aqui alguns posts com a Maria Callas e a Natália de Andrade, que se podem definir como expoentes máximos do que é bom (a primeira) e do que é horrível (a segunda) no belo canto lírico.
Hoje trago um comentário de Ricardo Araújo Pereira à ópera, com o qual podemos concordar que é, em parte, verdade. Realmente, a maioria das histórias que formam o enredo das óperas não tem nada a ver com a vida real e são representados por protagonistas que, na sua maioria, têm uma estatura assim para o "gordalhão".
Na minha maneira de ver, penso que também se passa o mesmo com as novelas que dão na televisão. Senão vejamos: as histórias das novelas são ficção e quase nada têm a ver com a vida quotidiana da população e, no entanto, grande parte das pessoas deste país vive-as como se estivessem a presenciar histórias da própria família. Também não admira, com a carrada de cuscos e cuscas que para aí andam...
A diferença principal entre as novelas e a ópera é que nas novelas quase só há palminhos de cara. Agora basta ser uma gaja boa ou tipo jeitoso e já se é actor! Para se cantar ópera, são precisos muitos anos de estudo de canto, representação, idiomas, etc. Quando chegaram ao fim de todo este estudo, a maioria já tem para cima de 100 Kg!
Seguindo a lógica deste raciocínio, não admira que os cantores de ópera sejam todos "gordalhões"!