Uma questão de interpretação...
Uma questão de interpretação...
Vejamos como a interpretação de uma abreviatura nos pode levar a uma conclusão errada.
Em certa ocasião uma família Inglesa foi passar as suas férias na Alemanha.
No decurso dos seus habituais passeios, os membros da referida família repararam numa pequena casa de campo que lhes parecia muito adequada para passar as férias de Verão. Indagando quem seria o proprietário, vieram a saber que se tratava dum Pastor Protestante ao qual pediram licença para ver a propriedade. A casa tanto pela sua comodidade como pela sua óptima situação, agradou aos visitantes ingleses os quais fizeram com o proprietário um acordo de aluguer para a próxima estação.
Regressando a Inglaterra discutiram muito entre si acerca da planta da casa, quando de repente um deles (uma senhora) falando sobre a localização de certas dependências se lembrou de não ter visto o W.C..
Confirmando o sentido prático dos ingleses escreveram imediatamente ao respectivo proprietário para obter os indispensáveis pormenores formulando a carta da seguinte maneira:
“Gentil Pastor,
Sou um membro da família que há poucos dias o visitou com o fim de alugar a sua propriedade, para utilizar no próximo Verão e como nenhum de nós se lembrou de um pequeno pormenor que reputamos fundamental, muito agradecemos que nos informe do local onde se encontra o W.C..”
O pastor não compreendendo o significado das abreviaturas W.C. e julgando tratar-se da seita pertencente à capela inglesa “White Chapel”, respondeu nos termos seguintes:
“Gentil Senhora,
Recebi a sua carta e tenho o prazer de informar que o local a que se refere fica a 12 quilómetros de casa. Isto é muito incómodo sobretudo se tem o hábito de ir lá frequentemente. Neste caso é preferível levar comida para lá ficar todo o dia. Alguns vão a pé, outros de bicicleta, visto não haver outro meio de transporte adequado.
Há lá lugar para 400 pessoas sentadas e 100 de pé. O ar é condicionado para evitar os inconvenientes da aglomeração.
Os assentos são de veludo, e recomenda-se ir cedo para obter lugar sentado. As crianças sentam-se ao lado dos adultos e todos cantam em coro.
À entrada é fornecida uma folha a cada pessoa mas se alguém chegar depois da distribuição pode usar a folha do parceiro do lado.
Existem amplificadores de som. Tudo o que se recolhe durante o acto é para as crianças pobres da região.
Fotógrafos especiais tiram fotografias para jornais da cidade de modo a que todos possam ver as pessoas no cumprimento de um dever tão humano.”