Maus chefes provocam ataques de coração... E só agora é que descobriram?
Está finalmente provado por um estudo científico que os maus chefes provocam ataques de coração!
Ora aqui está um editorial que me chamou a atenção como poucos nos últimos tempos, publicado no Destak de 26/11/2008 por Isabel Stilwell. Já passei por uma dezena de empregos, cada um pior que o outro, cada chefe pior que o anterior, um ou outro até se pode considerar mentecapto.
É uma daquelas verdades e situações que todos sabemos implicitamente, todos reconhecem, mas poucos têm a coragem de enfrentar. Cabe a nós todos alterar esta tendência.
Tal como os pais não têm formação para o ser, infelizmente a maioria dos chefes também não. Apesar de haver por aí muitos cursos de Gestão, ainda não deve existir uma cadeira de Gestão que ensine "Psicologia da Gestão para se Ser um Bom Chefe".
Aqui vai o artigo.
"Faz muito bem em ir ao ginásio, seguir uma dieta regrada, em evitar tabaco, álcool e por aí adiante. O seu coração agradece. Mas se quer mesmo garantir a sua sobrevivência, e apesar da dificuldade em encontrar novos empregos, fuja a sete pés dos chefes incompetentes, irascíveis e injustos, porque o efeito desta gente sobre a sua saúde pode revelar-se mortal. Pelo menos é o que diz o estudo de uma equipa sueca que acompanhou mais de 3 mil trabalhadores homens, com idades entre os 18 e os 70 anos.
A primeira tarefa pedida às cobaias foi a de que avaliassem a competência e o carácter de quem geria o seu trabalho. Depois, durante uma década, a sua saúde foi sendo avaliada, registando-se neste período 74 casos de empregados vítimas de problemas cardíacos graves, nalguns casos até fatais. Do estudo à lupa de todo este trabalho, foi possível perceber que existe, de facto, uma relação directa entre a doença e os maus chefes.
Era esse o factor de risco que todos tinham em comum, e que assumia mais peso do que factores de risco como o tabaco, ou a falta de exercício. Perceberam também que os efeitos secundários dos chefes maus era independente do tipo de trabalho desempenhado, da classe social a que pertenciam, das habilitações que possuíam e inclusivamente do dinheiro que tinham na sua conta bancária.
Descobriram, ainda, que o efeito que um incompetende a mandar provoca é cumulativo, ou seja, se trabalhar para um idiota aumenta em 25% a probabilidade de um enfarte, essa probabilidade crescia para 64% se o trabalhador se mantivesse naquela situação por mais de quatro anos.
A explicação é relativamente simples: quando alguém se sente desvalorizado, sem apoio, injustiçado e traído, entra em stress agudo que leva à hipertensão e a outros distúrbios que deterioram a saúde do trabalhador. Daí a importância do apelo que estes especialistas fazem de que as estruturas estejam atentas e «abatam» rapidamente os chefes que não merecem sê-lo."
in Editorial Destak, 26/11/2008
Por Isabel Stilwell
E aqui pode ver o artigo da Universidade de Estocolmo.