Junta médica a Ana Maria Brandão - Decisão surreal
Obrigarem Ana Maria Brandão a voltar ao trabalho é uma decisão surreal da Caixa Geral de Aposentações.
Esta funcionária da Junta de Freguesia de Piães, com 43 anos, esteve 3 anos de baixa devido a uma intervenção cirúrgica a uma hérnia que correu mal. O ano passado foi considerada incapacitada por uma junta médica da ADSE, decisão essa agora alterada pela Caixa Geral de Aposentações que a notificou para se apresentar ao trabalho.
A referida funcionária não consegue andar nem vestir-se sem ajuda, não consegue escrever ou virar uma página, usa colar cervical, braçadeira no braço direito e uma cinta lombar. Não pode sequer baixar-se para apanhar um papel.
O pai teve que a levar ao trabalho de carro e estar lá com ela todo o dia para a ajudar.
Finalmente, ao fim do dia de ontem, veio o Sr. Ministro das Finanças dizer que a senhora foi mandada para casa até que a sua situação seja reavaliada, mas salientando que a decisão foi baseada em pareceres médicos!
Gostaríamos de saber quais são os critérios de avaliação desses senhores doutores. Aqui o Straycat pensa que não foram nem factores médicos, nem humanos. Foram apenas EUROS. Era apenas mais uma mulher em casa sem fazer nada, a dar despesa ao estado!!!
Decisões surreais como esta fazem com que os trabalhadores deste país tenham cada vez menos esperança no futuro. Quando vemos a nossa saúde ser motivo de indiferença para os médicos e o nosso direito ao amparo na incapacidade totalmente posto de parte, não admira que os portugueses estejam cada vez mais desconfiados e deprimidos!